2007-05-22

 

Portugueses contra o fumo em espaços fechados

"Nove em cada 10 portugueses apoiam a proibição de fumar em espaços públicos fechados, com uma clara maioria a defender a que a interdição abranja restaurantes e mesmo bares, revela um estudo divulgado pela Comissão Europeia e citado pela agência Lusa." @ Portugaldiario.


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Violent self-righteousness

Bravo! Why Bush hasn't been impeached by Gary Kamiya @ Salon.com.

An excerpt:

"But there's a deeper reason why the popular impeachment movement has never taken off -- and it has to do not with Bush but with the American people. Bush's warmongering spoke to something deep in our national psyche. The emotional force behind America's support for the Iraq war, the molten core of an angry, resentful patriotism, is still too hot for Congress, the media and even many Americans who oppose the war, to confront directly. It's a national myth. It's John Wayne. To impeach Bush would force us to directly confront our national core of violent self-righteousness -- come to terms with it, understand it and reject it. And we're not ready to do that.

The truth is that Bush's high crimes and misdemeanors, far from being too small, are too great. What has saved Bush is the fact that his lies were, literally, a matter of life and death. They were about war. And they were sanctified by 9/11. Bush tapped into a deep American strain of fearful, reflexive bellicosity, which Congress and the media went along with for a long time and which has remained largely unexamined to this day. Congress, the media and most of the American people have yet to turn decisively against Bush because to do so would be to turn against some part of themselves. This doesn't mean we support Bush, simply that at some dim, half-conscious level we're too confused -- not least by our own complicity -- to work up the cold, final anger we'd need to go through impeachment. We haven't done the necessary work to separate ourselves from our abusive spouse. We need therapy -- not to save this disastrous marriage, but to end it".




2007-05-16

 

Tinky Winky says bye-bye to Jerry Falwell

The former TV star recalls the trauma of being called gay by the conservative preacher, By King Kaufman. Full article @ Salon.com



Gay is so 20th Century.

Addendum:



"Mr. Falwell was always on the wrong, intolerant side of history. He fought against the civil rights movement and ridiculed Desmond Tutu’s battle against apartheid years before calling AIDS the “wrath of a just God against homosexuals” and, in 1999, fingering the Antichrist as an unidentified contemporary Jew." Full article by Frank Rich.



2007-05-15

 

Libertad

Na minha infancia de retornado num Portugal revolucionário, Espanha representava a terra da liberdade; onde podia beber coca-cola e comer manteiga de amendoim (pasta de cacahuete) sem complexos---coisas com que tinha crescido em Angola mas que não havia em Portugal.

Há três semanas, precisamente no 25 de Abril, estive em Madrid pela primeira vez desde os anos 80---parece mentira tanto tempo sem lá ir. Assim que aterrei em Barajas a primeira música que ouvi no autocarro para o terminal 4 foi do último album de Miguel Bosé, o qual por sinal tocava também por inteiro no meu mp3 player. Esta sincronicidade é sempre um bom sinal para o meu Zenómetro. Realmente, Madrid está um espanto. 60% de todos os novos empregos criados na União Europeia no ano passado foram em Espanha. Mas o avanço não é só económico. Espanha saiu completamente da sua zona de segurança tradicional que era tão conhecida pela falta de visão global. Hoje é realmente mais uma vez uma cultura que não segue, dita. Enquanto em Portugal qualquer novidadezinha, como a restrição ao tabaco em locais públicos, causa grande comoção, em Espanha ditam-se as regras que outros paízes Europeus vão discutir como exemplo.

Para muita vergonha dos meus amigos em Espanha (incluindo o Italiano), desde os anos oitenta, quando passava férias em casa de amigos em Isla Canela, que sou fan de Miguel Bosé. Felizmente, ele é um daqueles cantores que melhora com a idade---mais David Bowie do que Rod Stewart ou Elton John... Desde Laberinto que os seus albums têm sido excelentes. A atestar isso está o seu novo album de duetos/greatest hits "papito"(uma ideia um pouco besuga, é verdade) que inclui algumas surpresas como o dueto com Michael Stipe.

Enfim, em Madrid senti-me livre. Não sei se é de ter chegado aos 40 anos, não sei se é por ver também a Península Ibérica do lado da América, mas o Mundo Ibérico é cada vez mais fascinante. De dentro desta península, Roma foi relançada à escala global na forma da maior exportação Europeia de todos os tempos---a língua e o Cristianismo romano em simbiose. O Português e o Castelhano são muito mais semelhantes do que as várias linguas às quais chamamos Chinês (por exemplo Mandarim e Cantonês). De facto, as linguas ibéricas são diferentes, mas não tão diferentes que à escala planetária não faça sentido falar de um "Iberinês"---muito mais falado globalmente do que o Inglês.

Em Madrid, é inevitável pensar-se no que seria o Mundo se Felipe II (de Espanha) tivesse baseado a sua capital em Lisboa (como foi na altura sugerido), em vez de criar Madrid do quase nada? Cheguei a Madrid acabando de ler o fantástico livro de Geneviève Bouchon sobre Afonso de Albuquerque, e também com as ideias que o meu amigo Tessaleno Devezas com Jorge Nascimento Rodrigues escreveram no novo livro: Portugal: o Pioneiro da Globalização. Mas Albuquerque não servia Portugal como hoje, à luz da ideia de estado-nação, a concebemos. Servia o Rei D. Manuel I e a Cruz. Ponto. Nas suas expedições serviam gentes dessa Europa fora. A expansão não era um plano nacional, mas um plano comercial e imperial da casa Real.

Como Português, Madrid oferece uma liberdade estranha: a sensação de orgulho numa casa Real cujo plano levou ao primeiro Império global e à globalização da nossa língua e cultura, mas, não cedendo à propaganda nacionalista e nefasta dos séculos XIX e XX, a sensação de sentirmo-nos também lá em casa. Afinal, Felipe II de Espanha, I de Portugal, era neto de D. Manuel.





Nada Particular - Miguel Bosé
Vuelo herido y no sé adonde ir
con la rabia cansada de andar
me han pedido que olvide todo
enfin... nada particular

Otra vida y volver a empezar
No te pido una patria fugaz
Dignamente un abrazo
enfin... nada particular

Canta y vuela libre
como canta la paloma

Dame una isla en
el medio del mar
Llámala Libertad
Canta fuerte hermano
Dime que el viento no
no la hundira

Que mi historia no traiga dolor
que mis manos trabajen la paz
que si muero me mates de amor
nada particular

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2007-05-14

 

re-work the silver

Thanks to a link by GothRobot (now on the left roll list), I am re-living the thrill I had in January when I got a hold of a pre-release of the Sound of Silver by the LCD Soundsystem. The free re-works on sounds like silver : lcd soundsystem remixed truly push the dance knob to 11. Below, Us vs. Them (Go Home Productions Remix).




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2007-05-11

 

O valor do populismo mediático

José Miguel Júdice terá razão quando realça a falta de atenção dada a Darfur, em especial às suas crianças. Mas está completamente errado quando diz que a atenção da comunicação social no caso do desaparecimento de Madeleine McCann é "profundamente nefasta". Antes pelo contrário, estou convencido que os raptores devem estar completamente surpreendidos com tamanha reacção e que se soubessem que este seria o resultado não a teriam raptado. De facto, dado que aparentemente raptos como estes acontecem em Portugal muito mais frequentemente (e daí algo mais estatisticamente significativos do que Júdice dá a entender) sem ser de todo publicitados (nem mesmo no site da PJ), o incentivo a cometer estes actos em Portugal será quanto maior quanto menor for a atenção da comunicação social---e a resultante reacção popular. Por isso, venha ela com toda a força! É pena que a polícia Portuguesa ainda não tenha aprendido a usar a comunicação social para seu benefício---afinal, o nosso actual governo é bem profissional nessa arena... Isto sem menosprezar de forma alguma o empenhamento pessoal de toda a força policial Portuguesa que tem sido espectacular. Mas o seu modus operandi tem que ser melhor pensado num contexto tanto de crime como de comunicação social global.

Já agora, pensando nos incentivos que cada sociedade dá a raptos de crianças e à pedofilia, a nossa sociedade com a sua demonstrada falta de capacidade de justiça nesta área, bem como uma polícia e elite intelectual relutantes a deixar estes casos serem divulgados rapidamente, com impacto máximo, na sociedade de informação actual, dá precisamente os incentivos ao contrário.

Nestes casos de abusos a crianças, toda a publicidade é pouca e toda a justiça tarda e é fraca demais. É uma das poucas coisas que levanta o meu lado mais populista, mais Antigo Testamento, mais Correio da Manhã, mais Sun, mais TVI que tenho. Aliás, apesar de ser contra a pena de morte institucional, nada me dá maior vontade de me tornar no pior vigilante justiceiro, implacável e vingativo possível. Não tenho dúvidas de que se algo desta natureza me tocasse pessoalmente, não faria eu outra coisa.


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