2013-05-23

 

Lost Essay from Norbert Wiener

A lost essay by Wiener: "The year was 1949, and computers and robots were still largely the stuff of science fiction. Only a few farsighted thinkers imagined that they would one day become central to civilization, with consequences both liberating and potentially dire. [...] If we combine our machine-potentials of a factory with the valuation of human beings on which our present factory system is based, we are in for an industrial revolution of unmitigated cruelty. [...] We must be willing to deal in facts rather than in fashionable ideologies if we wish to get through this period unharmed. Not even the brightest picture of an age in which man is the master, and in which we all have an excess of mechanical services will make up for the pains of transition, if we are not both humane and intelligent." Full essay @ M.I.T. Scholar’s 1949 Essay on Machine Age Is Found - NYTimes.com

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2013-05-22

 

Esquerda boutique

A propósito da última de Daniel Oliveira com a qual concordo inteiramente, e dos comentários da esquerda boutique dos 5 dias referentes ao garoto e à doutora do video em baixo. Os salários miseráveis são um problema muito grande, mas não tinham nada a ver com o assunto de que o garoto falava. O que a Raquel Varela fez foi um típico bota-abaixo académico, daqueles que levam pessoas como Steve Jobs e Bill Gates a não acabar os estudos universitários. Se um dia as roupas do garoto tiverem muito sucesso, então seria legítimo pessoas perguntarem-lhe sobre as suas responsabilidades sociais; até lá, se calhar era melhor a Raquel Varela & Co. verem bem onde as coisas que compram são feitas e fazer activismo com quem vale a pena fazer.

Já agora, pela apresentação da Prof. Raquel Varela, não me parece que as suas roupas, joias e maquilhagem sejam de alguma loja de comércio justo, já para não falar da probabilidade de ter um iPhone, ou iPad, ou etc... Aliás, o blog da doutora & Co. funciona sobre uma quantidade de maquinaria informática, muita da qual é feita numa rede de comércio nada justo. Se aplicarem o mesmo raciocínio, ela e a sua companhia têm a responsabilidade social de pensar nisso e não usar estes recursos, usando apenas coisas produzidas com salários dignos, sem imigração, etc.

Acho muito bem fazer activismo por comercio justo e salários dignos, simplesmente não tem nada a ver com o empreendedorismo. Quem quer ser empreendedor, tem que competir com a realidade. De uma forma ortogonal a isto, as sociedades ocidentais têm que fazer algo por manter salários dignos. Mas deitar abaixo o garoto deste angulo foi muito baixo—é mesmo o que se chama “falar de cátedra”.



Addendum, 24 de Maio, 2013. Em resposta a António Paço, ver comentários no seu blog.

 Caro António Paço,

 Agora você está mesmo a ser desonesto intelectualmente nos seus argumentos. Tanto eu (em resposta que não publicou) como “edviges” falamos dos materiais que você e a Raquel usam para a vossa produção intelectual. Isto é, o vosso trabalho, de onde derivam os vossos lucros. Os computadores, e todos os materiais que entram nessa produção são tão imputáveis do ponto de vista da consciência social como os do garoto.

 Fora disso, também a argumentação poderá ser legitimamente extendida aos produtos da sua vida pessoal, tipo os sapatos que menciona com escárnio, simplesmente argumentando que se a exploração laboral é tanto do seu interesse (suficiente para atacar um garoto de 16 anos na televisão nacional e neste blog) então deveria dar atenção a esse assunto em todas as suas escolhas—qualquer compra é uma escolha.

 Mas o assunto mais directo é, óbviamente, o paralelo entre a linha de produção do garoto, e a vossa linha de produção. Aparentemente, não é só o comportamento feio de atacar um jovem de 16 anos em público que deixa muito a desejar; a lógica não abunda nesta “loony left”.

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2013-05-19

 

"Our Viral Inheritance" or a Turing machine inside a Turing machine?

A Turing machine inside a Turing machine?

"The enormous scale of the invasion of vertebrate genomes by viral sequences has become apparent through analyses of complete genomes. Sequences derived from many kinds of RNA and DNA viruses have found a convenient resting place in host genomes during evolution, and the process is ongoing. Retroviral genomes, the major and best understood viral insertions, alone account for 6 to 14% of the genomes analyzed to date, including ∼8% of human DNA. These endogenous retroviruses (ERVs) comprise more genomic DNA than that encoding the host proteome. The functionality or otherwise of this "junk" DNA has become the focus of an intense debate. Here we consider a number of consequences of ERV acquisition (see the figure"). Full paper @ Scienve


2013-05-11

 

Bowie ain't St. Sebastian


Bowie's new video above is supposedly causing a bit of a commotion for its depiction of Catholic imagery to emphasize the Church's hypocrisy, especially vis a vis the sexual scandals. Bowie is an amazing artist---my favorite artist---but, honestly, this video is not innovative at all. It is quite manipulative because it will make people (many of his fans, judging by the Facebook and Twitter comments) feel like they are edgy for playing with the "meanie" catholic church, when in truth it is all false edginess. It is so safe---and so cliche---to play with Catholics, that this feels like a super-studied MTV video awards show: studied faux edginess. Safe because no one is going to order a fatwa on your head, and cliche because it was already cliche when Madonna did it (with stigmata and all)... Sadly, the Stars (are out tonight) video was also a rip-off from The Eurythmics Savage video album... The Where are we now video was much more interesting. Don't get me wrong, I can see an artist (a painter at that) like Bowie being inspired by Catholic imagery, but the video is manipulative by seemingly trying to pinpoint the hypocrisy of the Church, while simultaneously being hypocritical itself by following, in addition to the safe/cliche faux edginess, the easy angle of linking sexuality to the catholic emphasis on the body and flesh. Honestly, if you can't top Mishima, don't do this...

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2013-05-06

 

Coreografia Política e o Centralão

JPP em "O MATERIAL TEM SEMPRE RAZÃO" insurge-se com a coreografia política do desacordo Portas-Passos que, argumenta, é pre-arranjada e não tem sentido de responsabilidade. Sou de duas opiniões a este respeito... Por um lado concordo que tudo é uma grande coreografia política---o que não é Kabuki na política? Mas por outro lado acho que em Portugal não estamos muito habituados a governos de coligação. Desacordo entre lideres de partidos envolvidos em coligações governamentais são muito comuns e salutares: ver Inglaterra agora sobre o assunto da integração europeia, ou governos alemães e belgas anteriores, ou Israel e Itália... Sempre gostei de governos de coligação por ainda assim oferecerem algum controlo ao nepotismo partidário. Neste caso, talvez seja ingénuo, mas acho que há realmente desacordo e que Portas é de facto um travão a Gaspar, que não é mau.

O PSD sempre tenta ridicularizar Portas/CDS, mas mesmo assim estamos melhor com esta diversidade partidária, do que unicamente com o Centralão. Aliás, é o centralão (i.e. PSD + PS) que deve ser responsabilizado pelo estado da nação. Em todos os governos recentes, estes dois partidos---e apenas estes dois---foram os partidos maioritários de onde vieram todos os primeiros-ministros e todos os presidentes (desde Eanes) que tivemos. Ora, em ulltíma análise, para o bem e para o mal, são eles que têm que ser responsabilizados pelo estado da nação. Dado que o estado é lastimável (intervenção estrangeira, desemprego, competitividade, etc.) ambos estes partidos deveriam ser castigados pelo eleitorado Português para os obrigar a uma regeneração (como aconteceu na Islândia e na Irlanda). Nomeadamente, algo que os obrigasse a restringir a sua dependência do fluxo aparentemente inesgotável de "talento" que jorra do esgoto que são as "jotas". Mas a conversa continua sempre como se houvesse alternativa ideológica e deontológica no centralão; como se se o PS fosse para o poder agora algo seria muito diferente... Qualquer coisa que provoque uma regeneração a sério deste centralão, cujo impacto em Portugal parece ser bem negativo como mostram os dados, seria muito bem vindo.

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