2009-03-30
Sexualidade
Continuo a concordar com Gore Vidal que insiste que homossexual não é um substantivo. Uma pessoa não é homo ou hetero. Os actos sexuais é que podem ser adjectivados dessa forma. A identidade pessoal não deriva do comportamento sexual. Uma pessoa pode participar exclusivamente em actos sexuais de um ou de outro tipo---ou não. As combinações físicas e emocionais são essencialmente ilimitadas, mas isso não define a identidade da pessoa. (Uma pessoa pode até sentir-se exclusivamente atraída fisicamente e emocionalmente por pessoas do sexo oposto, mas não gostar de todos os actos sexuais heterossexuais, e até ter prazer físico com alguns actos homossexuais). Não interessa também para nada se as causas do interesse sexual são genéticas, culturais, epigenéticas, de desenvolvimento etc. Todas essas causas não são em geral facilmente separáveis para qualquer atributo físico ou de comportamento. "you can be what you want to be", como diz Billy Bragg em baixo.
A meu ver deve-se chegar à liberdade sexual lutando pelos direitos de todos os indivíduos, independentemente das práticas sexuais concretas. Quando se cria as dicotomias, supostamente reflectindo identidades, como homo/hetero faz-se uma manipulação emocional à sociedade que é nefasta. Imaginem um jovem adolescente que sente uma quantidade e novidade enorme de impulsos sexuais. A nova aproximação de política de indentidade gay/hetero continua a forçar o tal adolescente a restringir todos os seus impulsos a um ou outro lado da suposta dicotomia de identidade. O novidade é apenas que agora se aceita moralmente ambos os lados da dicotomia. Mas a manipulação e controlo emocional é a mesma: o individuo tem que se definir perante a sociedade como pertencendo a um ou noutro lado.
Para se atingir uma liberdade sexual plena, a própria dicotomia tem que ser erradicada. Isto passa por se deitar fora todos esses conceitos ou mitos urbanos ridículos como "gaydar", bem como a "identidade gay" associada. Toda a definição de identidades baseada na sexualidade, ou mesmo no género e na raça, não passa de uma "fodamental" (no sentido de McGinn) imposta a todos nós. Continuo um grande liberal também neste assunto: a liberdade em todos os aspectos deve derivar dos direitos de todos os indivíduos, e não de grupos culturais, por mais oprimidos que esses grupos tenham sido.
A meu ver deve-se chegar à liberdade sexual lutando pelos direitos de todos os indivíduos, independentemente das práticas sexuais concretas. Quando se cria as dicotomias, supostamente reflectindo identidades, como homo/hetero faz-se uma manipulação emocional à sociedade que é nefasta. Imaginem um jovem adolescente que sente uma quantidade e novidade enorme de impulsos sexuais. A nova aproximação de política de indentidade gay/hetero continua a forçar o tal adolescente a restringir todos os seus impulsos a um ou outro lado da suposta dicotomia de identidade. O novidade é apenas que agora se aceita moralmente ambos os lados da dicotomia. Mas a manipulação e controlo emocional é a mesma: o individuo tem que se definir perante a sociedade como pertencendo a um ou noutro lado.
Para se atingir uma liberdade sexual plena, a própria dicotomia tem que ser erradicada. Isto passa por se deitar fora todos esses conceitos ou mitos urbanos ridículos como "gaydar", bem como a "identidade gay" associada. Toda a definição de identidades baseada na sexualidade, ou mesmo no género e na raça, não passa de uma "fodamental" (no sentido de McGinn) imposta a todos nós. Continuo um grande liberal também neste assunto: a liberdade em todos os aspectos deve derivar dos direitos de todos os indivíduos, e não de grupos culturais, por mais oprimidos que esses grupos tenham sido.
Labels: Politics, sexcrime, sexualidade
2009-03-29
Good philosophy and a great read
I am usually turned off by first-year-graduate-school-pulp-fiction-fan language, but this is the best Philosophy book I have read in a long, long time. You read it in one sitting, enjoying minute by enjoying minute. It also instantly makes you go on a psychoanalytical chase to find all the mindfuckers in your life. I can now happily and accurately make the following philosophical statement: the academic tenure process is an immoral mindfuck. So is identity politics, and its daughter "diversity".
Labels: books