2021-06-07
Superdubying
So here is another DJ set: a voyage from Dub to DrumNBass, Techno and House. I have listening to a lot of Reggae and Dub since watching Steve MeQueen's Lover's Rock. Somehow I distilled it to this set, thinking of hopefully returning to live DJing soon.At some point DJ Angst and E-Trash, will return to our cybernetic DJing whenever possible. Tracklist and podcast below. Superdubying is also available on E-Trash's site (Username: apollo, Password: feelingfree).
Labels: #Dance, #DJ, #Drum&Bass, #Dub, #Reggae, #Techno
Burguesia do clickbait
Sinceramente não percebo onde está o trabalho académico ou intelectual nesta ideia de "Burguesia do Teletrabalho." A utilização metafórica de uma categoria anacrónica (referente a pelo menos duas transições/revoluções tecnológicas atrás), subentende trazer algo novo para acrescentar ao debate. Mas das duas uma, ou é uma tautologia ou está errada. Se a virmos como metáfora para todas as pessoas que hoje em dia trabalham em serviços informatizados, obviamente que essas são as que podem trabalhar de qualquer lugar ligado à rede. Não é novidade nenhuma que essas pessoas têm em media mais anos de escolaridade. Por isso se diz há décadas (desde Norbert Wiener em 1950) que a cibernetização da sociedade é uma revolução socioeconómica com importantes consequências laborais. Desse angulo, esta metáfora só repete o que já se sabe tautologicamente. Se se quer, no entanto, dizer que a população de serviços informatizados é privilegiada, então trata-se de uma metáfora preguiçosa e trapalhona, que é feita para clickbait por obvia e fácil conotação marxista. Os serviços informatizados incluem muita gente privilegiada, mas também incluem muita gente a ser explorada por falta de regulação, desde trabalhadores de call centers a programadores e editores em países subdesenvolvidos (pensar em mechanical turk, não Jack Dorsey). Por isso há tantos adultos com cursos superiores a viver em casa dos pais. Pelo contrário, também existe muita gente com trabalho não informatizado que é muito privilegiada, desde os técnicos de tecnologia não informatizada até donos e gestores de linhas de produção, lojas, agricultura---isto é, os verdadeiros Burgueses. Em ultima análise, do ponto de vista de saúde publica, ainda bem que grande parte da sociedade pode trabalhar em casa durante a pandemia. Isto é um fator de resiliência numa pandemia, não um fator negativo. A desigualdade, essa, deve ser reduzida para todos, incluindo os do teletrabalho. Mas não vejo como o conceito de Burguesia de teletrabalho vá ajudar nisso...