2005-03-10
Retornado
Há dias em que a experiência de ser retornado de África volta como que um flashback de paludismo. Não sei se os Portugueses não desterrados dos confins do ex-Império percebem.
É a cascada de memórias que nos arrebata numa estufa tropical ao sentir cheiros tão estranhamente familiares. É o abraço beijado do ar quente e húmido quando de visita a algum local tropical, onde estranhamente nos sentimos em casa mesmo sem falar a língua. É a batucada. É o Mar. É Yemanjá.
Há dias em que só Madredeus em Lisboa sabe bem, mas há dias em que só queremos sair do sério. Sermos Mutantes, experimentar tudo, brincar com tudo, beijar tudo, misturar o Mundo inteiro até sermos todos de um castanho dourado lindo. Enfim, ser tropicalistas. Hoje foi assim que acordei, e com Gilberto Gil e Seu Jorge carregados no meu mp3 player, fui passear por esse campus de Bloomington fora.
Ai valha-me São Kinsey -- apesar de santos de casa não fazerem milagres! É que mesmo com o frio de rachar e até o tornado warning, ninguém foi capaz de coibir o meu paraíso tropical mental.
A Novidade
Gilberto Gil, João Barone e Herbert Viana
A novidade veio dar à praia
Na qualidade rara de sereia,
Metade o busto de uma deusa maia
Metade um grande rabo de baleia
A novidade era o máximo
Um paradoxo estendido na areia
Alguns a desejar seus beijos de deusa
Outros a desejar seu rabo pra ceia.
Oh! Mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
Oh, oh, oh, oh...
Oh! De um lado esse carnaval
De outro a fome total
Oh, oh, oh, oh...
E a novidade que seria um sonho
O milagre risonho da sereia
Virava um pesadelo tão medonho
Ali naquela praia, ali na areia
A novidade era a guerra
Entre o feliz poeta e o esfomeado
Estraçalhando uma sereia bonita
Despedaçando o sonho pra cada lado
Oh! Mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
Oh, oh, oh, oh...
Oh! De um lado esse carnaval
De outro a fome total
Oh, oh, oh, oh...
É a cascada de memórias que nos arrebata numa estufa tropical ao sentir cheiros tão estranhamente familiares. É o abraço beijado do ar quente e húmido quando de visita a algum local tropical, onde estranhamente nos sentimos em casa mesmo sem falar a língua. É a batucada. É o Mar. É Yemanjá.
Há dias em que só Madredeus em Lisboa sabe bem, mas há dias em que só queremos sair do sério. Sermos Mutantes, experimentar tudo, brincar com tudo, beijar tudo, misturar o Mundo inteiro até sermos todos de um castanho dourado lindo. Enfim, ser tropicalistas. Hoje foi assim que acordei, e com Gilberto Gil e Seu Jorge carregados no meu mp3 player, fui passear por esse campus de Bloomington fora.
Ai valha-me São Kinsey -- apesar de santos de casa não fazerem milagres! É que mesmo com o frio de rachar e até o tornado warning, ninguém foi capaz de coibir o meu paraíso tropical mental.
A Novidade
Gilberto Gil, João Barone e Herbert Viana
A novidade veio dar à praia
Na qualidade rara de sereia,
Metade o busto de uma deusa maia
Metade um grande rabo de baleia
A novidade era o máximo
Um paradoxo estendido na areia
Alguns a desejar seus beijos de deusa
Outros a desejar seu rabo pra ceia.
Oh! Mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
Oh, oh, oh, oh...
Oh! De um lado esse carnaval
De outro a fome total
Oh, oh, oh, oh...
E a novidade que seria um sonho
O milagre risonho da sereia
Virava um pesadelo tão medonho
Ali naquela praia, ali na areia
A novidade era a guerra
Entre o feliz poeta e o esfomeado
Estraçalhando uma sereia bonita
Despedaçando o sonho pra cada lado
Oh! Mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
Oh, oh, oh, oh...
Oh! De um lado esse carnaval
De outro a fome total
Oh, oh, oh, oh...
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