2005-04-01
Você não quer que eu volte...
O Armando Vieira escreveu no DN uma peça muito interessante sobre o ensino politécnico. Apesar de eu achar que a experiência dos professores no politécnico deveria ser mais empresarial do que científica, algo está de facto errado quando o que se lecciona nos politécnicos, de acordo com o Armando Vieira, é essencialmente teoria.
Quanto ao problema do recrutamento nestas instituições, o que o Armando Vieira refere nos politécnicos, passa-se também exactamente no ensino universitário:
"[...]aquele que considero ser o aspecto mais chocante é a forma como se processa o recrutamento de docentes nos politécnicos. Embora haja actualmente uma grande oferta de doutorados e de profissionais com vasta experiência empresarial, os concursos, sobretudo, os da categoria de professor adjunto, são quase sempre talhados à medida de "pessoas da casa" ou "conhecidos".
Este corporativismo descarado chega a ser divulgado publicamente, sem qualquer pudor, em editais do Diário da República onde se estabelece que só são aceites a concurso candidatos com licenciatura em X, mestrado em Y e doutoramento em Z. Tais argumentos até podiam ser defensáveis se as temáticas científicas X, Y e Z não fossem totalmente desconexas da área para a qual é aberto o concurso. [...]"
Lá diria o Jô Soares: Você não quer que eu volte...
Quanto ao problema do recrutamento nestas instituições, o que o Armando Vieira refere nos politécnicos, passa-se também exactamente no ensino universitário:
"[...]aquele que considero ser o aspecto mais chocante é a forma como se processa o recrutamento de docentes nos politécnicos. Embora haja actualmente uma grande oferta de doutorados e de profissionais com vasta experiência empresarial, os concursos, sobretudo, os da categoria de professor adjunto, são quase sempre talhados à medida de "pessoas da casa" ou "conhecidos".
Este corporativismo descarado chega a ser divulgado publicamente, sem qualquer pudor, em editais do Diário da República onde se estabelece que só são aceites a concurso candidatos com licenciatura em X, mestrado em Y e doutoramento em Z. Tais argumentos até podiam ser defensáveis se as temáticas científicas X, Y e Z não fossem totalmente desconexas da área para a qual é aberto o concurso. [...]"
Lá diria o Jô Soares: Você não quer que eu volte...
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