2006-04-04
Jesus, Bono e a Semiótica Zen
O ACHTUNG BABY tem estado em grande forma ultimamente. Como se os Blogself-deprecating type posts não fossem suficientemente bons agora há uma resposta fantástica, algo anti-evangélica, que me fez entrar num exercício de deconstrução do “Until the end of the World” na perspectiva da semiótica Zen (!).
Bono diz que realmente escreveu a letra de “Until the end of the World” na voz de Judas. Mas a verdade é que um ego como o dele não consegue totalmente deixar de se ver como Jesus, mesmo transvestido de Judas. Para mim esta musica retrata a voz de um Jesus Católico, feito de carne, decadente, realista, com muita história, olhando para um Jesus evangélico, todo espírito, novo, ingénuo, no princípio do seu trajecto fatal. Nesta altura o Jesus Católico (Bono vestido de Judas) está mais interessado no corpo, enquanto o Jesus evangélico (representado porventura um Jesus-Freak moderno) só pensa no fim do Mundo.
Claro, está é a visão Zen, vinda de um agnóstico culturalmente católico de inspiração Jesuíta. O que mais gosto do Catolicismo é o seu apego ao corpo bem como a segurança que vem da decadência---no melhor sentido deste termo. Isto é, quando já não estamos para as merdas platonistas*, agostinas, luteranas, dispensionalistas e apócalipticas dos Jesus-Freaks. O melhor Bono é o Bono batido, das duvidas, fase Achtung Baby!
"Waves of regret and waves of joy
I reached out for the one I tried to destroy"
* Mais lato que platónico.
Bono diz que realmente escreveu a letra de “Until the end of the World” na voz de Judas. Mas a verdade é que um ego como o dele não consegue totalmente deixar de se ver como Jesus, mesmo transvestido de Judas. Para mim esta musica retrata a voz de um Jesus Católico, feito de carne, decadente, realista, com muita história, olhando para um Jesus evangélico, todo espírito, novo, ingénuo, no princípio do seu trajecto fatal. Nesta altura o Jesus Católico (Bono vestido de Judas) está mais interessado no corpo, enquanto o Jesus evangélico (representado porventura um Jesus-Freak moderno) só pensa no fim do Mundo.
Claro, está é a visão Zen, vinda de um agnóstico culturalmente católico de inspiração Jesuíta. O que mais gosto do Catolicismo é o seu apego ao corpo bem como a segurança que vem da decadência---no melhor sentido deste termo. Isto é, quando já não estamos para as merdas platonistas*, agostinas, luteranas, dispensionalistas e apócalipticas dos Jesus-Freaks. O melhor Bono é o Bono batido, das duvidas, fase Achtung Baby!
"Waves of regret and waves of joy
I reached out for the one I tried to destroy"
* Mais lato que platónico.
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