2010-05-23
World without PIGS: an alternative History
Without Greece, there would be no German philosophers. All of Europe would be like the forgotten (Europeans of the) Georgia back-country in Deliverance: where homo-eroticism is enforced by the NRA gun, rather than the naked statues of our national galleries.
Without Italy, there would be no German (Holy Roman) Kaiser. All of Europe would be in a permanent war among unwashed, illiterate troglodytes.
Without Spain, there would be no planetary glory for the Habsburgs. There would be no European financial might, without the silver and gold brought by Spain from the Americas---which the Habsburgs spent in war after war throughout Europe, resulting in debt after debt, and which also ultimately funded the economical and social empowerment of the Dutch, England, and France.
But without Portugal, Germany would probably be a province of Turkey. It is not just that without Portugal there would not be the 500+ year-long European dominance of the planet, now seemingly on its final stretch---allowing Germany to be the World's first or second larger exporter. An often forgotten effect of the Portuguese absolute dominance of the African and Asian oceans for 150 years, was the weakening of the power of the Sultan of Cairo and the Ottoman (see, for instance the Battle of Diu). The Portuguese opened a military front from the East against those two Muslim powers, taking away their main source of revenue: all eastern trade, chief among it, the spice trade. With this unprecedented coup (Portugal, was after all the first planetary-scale, maritime Empire), Europeans were able to contain the rapid Islamic expansion. Without the Portuguese Eastern front and trade control, and the Spanish Gold from the Americas which served Charles V and his (and Isabel of Portugal's) "Kaiser" descendants well, all of Central (if not indeed all of) Europe would be Ottoman.
So, people of Germany and Europe, while the so-called PIGS certainly need to get their act together, think of how indebted you are to us. RESPECT!
Língua - Caetano Veloso
Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
"Minha pátria é minha língua"
Fala Mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!
Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E – xeque-mate – explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Lobo do lobo do lobo do homem
Adoro nomes
Nomes em ã
De coisas como rã e ímã
Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã
Nomes de nomes
Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé
e Maria da Fé
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Se você tem uma idéia incrível é melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco
Hollywood quer dizer Azevedo
E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo
A língua é minha pátria
E eu não tenho pátria, tenho mátria
E quero frátria
Poesia concreta, prosa caótica
Ótica futura
Samba-rap, chic-left com banana
(– Será que ele está no Pão de Açúcar?
– Tá craude brô
– Você e tu
– Lhe amo
– Qué queu te faço, nego?
– Bote ligeiro!
– Ma’de brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar desesperado!
– Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho!
– I like to spend some time in Mozambique
– Arigatô, arigatô!)
Nós canto-falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem, que falem
Without Italy, there would be no German (Holy Roman) Kaiser. All of Europe would be in a permanent war among unwashed, illiterate troglodytes.
Without Spain, there would be no planetary glory for the Habsburgs. There would be no European financial might, without the silver and gold brought by Spain from the Americas---which the Habsburgs spent in war after war throughout Europe, resulting in debt after debt, and which also ultimately funded the economical and social empowerment of the Dutch, England, and France.
But without Portugal, Germany would probably be a province of Turkey. It is not just that without Portugal there would not be the 500+ year-long European dominance of the planet, now seemingly on its final stretch---allowing Germany to be the World's first or second larger exporter. An often forgotten effect of the Portuguese absolute dominance of the African and Asian oceans for 150 years, was the weakening of the power of the Sultan of Cairo and the Ottoman (see, for instance the Battle of Diu). The Portuguese opened a military front from the East against those two Muslim powers, taking away their main source of revenue: all eastern trade, chief among it, the spice trade. With this unprecedented coup (Portugal, was after all the first planetary-scale, maritime Empire), Europeans were able to contain the rapid Islamic expansion. Without the Portuguese Eastern front and trade control, and the Spanish Gold from the Americas which served Charles V and his (and Isabel of Portugal's) "Kaiser" descendants well, all of Central (if not indeed all of) Europe would be Ottoman.
So, people of Germany and Europe, while the so-called PIGS certainly need to get their act together, think of how indebted you are to us. RESPECT!
Língua - Caetano Veloso
Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
"Minha pátria é minha língua"
Fala Mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!
Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E – xeque-mate – explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Lobo do lobo do lobo do homem
Adoro nomes
Nomes em ã
De coisas como rã e ímã
Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã
Nomes de nomes
Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé
e Maria da Fé
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Se você tem uma idéia incrível é melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco
Hollywood quer dizer Azevedo
E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo
A língua é minha pátria
E eu não tenho pátria, tenho mátria
E quero frátria
Poesia concreta, prosa caótica
Ótica futura
Samba-rap, chic-left com banana
(– Será que ele está no Pão de Açúcar?
– Tá craude brô
– Você e tu
– Lhe amo
– Qué queu te faço, nego?
– Bote ligeiro!
– Ma’de brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar desesperado!
– Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho!
– I like to spend some time in Mozambique
– Arigatô, arigatô!)
Nós canto-falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem, que falem
Labels: Caetano Veloso, Europe, história, Portugal
2008-10-16
1509
Parabéns ao meu amigo Tessaleno por mais um livro. A ideia é muito interessante; gostaria muito de estar em Lisboa no próximo dia 24, para o seu lançamento na livraria Ferin, no Chiado às 19 horas. Centro Atlântico - Lançamento do Livro: 1509 - A Batalha que Mudou o Domínio do Comércio Global